Em algum canto no jardim da alma humana cresce, lentamente, uma árvore chamada desespero. Tem o tronco retorcido, antigo, cheio de mágoas do passado, uma raiz que penetra profundamente, drenando o solo mais oculto. Seus galhos tortos, quebradiços, de coloração acinzentada, portam poucas folhas, frágeis e esquálidas. Há também frutos, mas estes são fortemente aguerridos ao seu tronco, necessitando de um grande abalo no jardim para que caiam, de praxe, lá mesmo nascem, crescem, morrem e apodrecem.
Os frutos da arvore chamada desespero são feios, de formatos bizarros, cores frias, textura áspera e sabor intolerável, mas são sempre sinceros.
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